DIÓGENES MUNIZ
editor de Multimídia da Folha Online
Piratas virtuais invadiram e picharam o site da Record neste sábado
(15). Mensagens de protesto contra a TV e a Igreja Universal do Reino
de Deus permaneciam no ar até o começo desta tarde, mas já foram
derrubadas.
"Vocês não são bispos, não são santos, vocês são ladrões",
escreveram os invasores, entre xingamentos e palavrões. A Record, por
meio de sua central de Comunicação, informou à reportagem que está
apurando a origem do ataque.
Na página pichada, sobrou até para a companhia Telefônica.
"Gostaríamos também de esclarecer que os ataques aos servidores DNS da
Telefônica foram causados devido à falta de capacidade e educação dos
atendentes". Informada sobre a menção aos seus serviços, a empresa
preferiu não se pronunciar.
O ataque pró-Globo foi "assinado" pelo conjunto "Skynet group". O
símbolo da emissora foi inserido na página principal da Record.
Um outro grupo de invasores, denominado "Elite Top Team", já havia
conseguido violar os sites do SBT e da Record entre o final de 2006 e o
início de 2007. As invasões divulgavam mensagens de protesto contra a
política nacional e contra os radiodifusores. À época, a Record disse
ter tomado providências para minimizar esse tipo de investida.
Guerra de TVs
O ataque virtual acontece na mesma semana em que Record e Globo
trocaram ataques em seus telejornais. Na terça-feira, o "Jornal
Nacional" veiculou reportagem de dez minutos sobre as acusações que o
Ministério Público faz à cúpula da Igreja Universal --a Justiça abriu
ação criminal contra Edir Macedo, fundador da Iurd, e mais nove
integrantes da igreja, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem
de dinheiro. Em sua reportagem, a Globo mostrou imagens de 1995 de
Macedo ensinando pastores a convencer fiéis a doar dinheiro.
O "Jornal da Record", na noite seguinte, declarou que a cobertura do
caso pela concorrente é um "ataque direto e desesperado" de quem tem
medo de perder "o monopólio dos meios de comunicação no Brasil". O
texto afirmava "não ser novidade que a família Marinho usa a televisão
para seu jogo de interesses" e que "o poder da família Marinho teve
origem na ditadura militar". A Record chegou usar imagens do
documentário inglês "Muito Além do Cidadão Kane" para ilustrar seu ataque.
A audiência média do "Jornal Nacional" nesta semana foi de 36,7 pontos
no Ibope, equivalente a 2,05 milhões de domicílios na Grande São Paulo,
e a do "Jornal da Record" foi de 8,6 pontos.
editor de Multimídia da Folha Online
Piratas virtuais invadiram e picharam o site da Record neste sábado
(15). Mensagens de protesto contra a TV e a Igreja Universal do Reino
de Deus permaneciam no ar até o começo desta tarde, mas já foram
derrubadas.
"Vocês não são bispos, não são santos, vocês são ladrões",
escreveram os invasores, entre xingamentos e palavrões. A Record, por
meio de sua central de Comunicação, informou à reportagem que está
apurando a origem do ataque.
Na página pichada, sobrou até para a companhia Telefônica.
"Gostaríamos também de esclarecer que os ataques aos servidores DNS da
Telefônica foram causados devido à falta de capacidade e educação dos
atendentes". Informada sobre a menção aos seus serviços, a empresa
preferiu não se pronunciar.
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O ataque pró-Globo foi "assinado" pelo conjunto "Skynet group". O
símbolo da emissora foi inserido na página principal da Record.
Um outro grupo de invasores, denominado "Elite Top Team", já havia
conseguido violar os sites do SBT e da Record entre o final de 2006 e o
início de 2007. As invasões divulgavam mensagens de protesto contra a
política nacional e contra os radiodifusores. À época, a Record disse
ter tomado providências para minimizar esse tipo de investida.
Guerra de TVs
O ataque virtual acontece na mesma semana em que Record e Globo
trocaram ataques em seus telejornais. Na terça-feira, o "Jornal
Nacional" veiculou reportagem de dez minutos sobre as acusações que o
Ministério Público faz à cúpula da Igreja Universal --a Justiça abriu
ação criminal contra Edir Macedo, fundador da Iurd, e mais nove
integrantes da igreja, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem
de dinheiro. Em sua reportagem, a Globo mostrou imagens de 1995 de
Macedo ensinando pastores a convencer fiéis a doar dinheiro.
O "Jornal da Record", na noite seguinte, declarou que a cobertura do
caso pela concorrente é um "ataque direto e desesperado" de quem tem
medo de perder "o monopólio dos meios de comunicação no Brasil". O
texto afirmava "não ser novidade que a família Marinho usa a televisão
para seu jogo de interesses" e que "o poder da família Marinho teve
origem na ditadura militar". A Record chegou usar imagens do
documentário inglês "Muito Além do Cidadão Kane" para ilustrar seu ataque.
A audiência média do "Jornal Nacional" nesta semana foi de 36,7 pontos
no Ibope, equivalente a 2,05 milhões de domicílios na Grande São Paulo,
e a do "Jornal da Record" foi de 8,6 pontos.