Chinês viciado em internet morre após agressão em centro de reabilitação
Pai de Deng Senshan, 16, diz que ele foi espancado até a morte.
Documento do hospital e fotos confirmam sinais de violência física.
Um adolescente chinês morreu após ser agredido fisicamente por
seus monitores, em um acampamento para viciados em internet,
segundo denúncia feita nesta semana por seu pai. O Guangxi
Qihuang Survival Training Camp, que enfrenta as acusações, fica
no sul do país.
Deng Senshan, na foto, morreu após ser internado em
um acampamento para viciados em internet. (Foto:
Reprodução )
Segundo a publicação “Global Times”, que divulgou a informação,
os três monitores supostamente responsáveis pela morte de Deng
Senshan, 16, foram detidos pela polícia no domingo (2). Deng
Fei, pai do jovem, pagou 7 mil yuan (cerca de R$ 1,9 mil) por um
mês do tratamento, que teve início no sábado (1).
“Estamos investigando a morte de um estudante, que foi espancado
até a morte por seus supervisores no acampamento”, afirmou um
policial envolvido no caso, de acordo com o “Global Times”. A
autoridade se recusou a dar mais detalhes.
Deng Senshan havia se formado no colegial em Guilin, em julho, e
foi mandado para o centro após seus pais lerem sobre o
tratamento oferecido para viciados em internet. Assim como
muitos jovens chineses, ele não conseguia ficar desconectado.
O pai disse ter assinado um acordo em que o acampamento se
comprometia a “ajudar os jovens a se tornarem independentes e a
corrigirem seus maus hábitos”. Para isso, eles seriam
controlados de perto por professores treinados. “Nossos métodos
são rígidos, mas não incluem tortura ou outras práticas que
podem comprometer a saúde”, diz o contrato.
Uma reportagem
publicada pelo G1 em novembro de 2007 mostra como
funciona um acampamento para viciados em internet na Coreia do Sul.
Solitária
O pai disse que seu filho foi colocado em uma solitária horas
após a chegada no acampamento. Nesse local de confinamento, ele
teria sido espancado pelos monitores, que o acusaram de correr
muito devagar. “Meu filho era saudável, não era um criminoso.
Ele era apenas viciado em internet quando o deixei no
acampamento”, contou Deng Fei ao “Global Times”.
Deng Fei disse ainda ter sido informado pela polícia, na
segunda-feira (3) pela manhã, sobre a morte. A publicação afirma
que o jovem foi levado a um hospital pelos monitores do
acampamento e declarado morto dez minutos após sua chegada, às
3h (horário local) de domingo.
“O jovem não respondeu ao tratamento de emergência. Ele chegou
com batimentos cardíacos fracos e não conseguia respirar. Estava
exausto após ter sido espancado. Não conseguimos salvá-lo”, diz
um documento do hospital, obtido pelo “Global Times”. A
publicação também diz que as fotos tiradas do jovem, após sua
morte, mostram ferimentos.
Fonte:G1
Pai de Deng Senshan, 16, diz que ele foi espancado até a morte.
Documento do hospital e fotos confirmam sinais de violência física.
Um adolescente chinês morreu após ser agredido fisicamente por
seus monitores, em um acampamento para viciados em internet,
segundo denúncia feita nesta semana por seu pai. O Guangxi
Qihuang Survival Training Camp, que enfrenta as acusações, fica
no sul do país.
Deng Senshan, na foto, morreu após ser internado em
um acampamento para viciados em internet. (Foto:
Reprodução )
Segundo a publicação “Global Times”, que divulgou a informação,
os três monitores supostamente responsáveis pela morte de Deng
Senshan, 16, foram detidos pela polícia no domingo (2). Deng
Fei, pai do jovem, pagou 7 mil yuan (cerca de R$ 1,9 mil) por um
mês do tratamento, que teve início no sábado (1).
“Estamos investigando a morte de um estudante, que foi espancado
até a morte por seus supervisores no acampamento”, afirmou um
policial envolvido no caso, de acordo com o “Global Times”. A
autoridade se recusou a dar mais detalhes.
Deng Senshan havia se formado no colegial em Guilin, em julho, e
foi mandado para o centro após seus pais lerem sobre o
tratamento oferecido para viciados em internet. Assim como
muitos jovens chineses, ele não conseguia ficar desconectado.
O pai disse ter assinado um acordo em que o acampamento se
comprometia a “ajudar os jovens a se tornarem independentes e a
corrigirem seus maus hábitos”. Para isso, eles seriam
controlados de perto por professores treinados. “Nossos métodos
são rígidos, mas não incluem tortura ou outras práticas que
podem comprometer a saúde”, diz o contrato.
Uma reportagem
publicada pelo G1 em novembro de 2007 mostra como
funciona um acampamento para viciados em internet na Coreia do Sul.
Solitária
O pai disse que seu filho foi colocado em uma solitária horas
após a chegada no acampamento. Nesse local de confinamento, ele
teria sido espancado pelos monitores, que o acusaram de correr
muito devagar. “Meu filho era saudável, não era um criminoso.
Ele era apenas viciado em internet quando o deixei no
acampamento”, contou Deng Fei ao “Global Times”.
Deng Fei disse ainda ter sido informado pela polícia, na
segunda-feira (3) pela manhã, sobre a morte. A publicação afirma
que o jovem foi levado a um hospital pelos monitores do
acampamento e declarado morto dez minutos após sua chegada, às
3h (horário local) de domingo.
“O jovem não respondeu ao tratamento de emergência. Ele chegou
com batimentos cardíacos fracos e não conseguia respirar. Estava
exausto após ter sido espancado. Não conseguimos salvá-lo”, diz
um documento do hospital, obtido pelo “Global Times”. A
publicação também diz que as fotos tiradas do jovem, após sua
morte, mostram ferimentos.
Fonte:G1