Carlos Lopes, secretário-geral adjunto da ONU, afirmou numa conferência que África vai escapar à especulação e recuperar mais cedo do clima de recessão.
Para Carlos Lopes os países vão ter que "ceder espaço às nações emergentes, que apesar de partirem de um nível mais débil, por exemplo África vai crescer muito mais nos próximos anos".
Antes da chegada da crise, 124 países cresceram mais de 4 por cento, a maioria pertencente às chamadas economias emergentes e, deste conjunto, 30 são africanos.
O guineense considera ainda que o "potencial é muito grande e boa parte da população africana está aumentar os seus rendimentos". Mesmo assim, acredita que as desigualdades vão manter-se. Nesta sessão de abertura do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Lisboa, Carlos Lopes afirmou que esta crise é apenas um aviso de que estamos a viver um desenvolvimento muito acelerado e que vai ter consequências políticas, económicas e sociais.