da Folha Online
Atualizado às 10h40.
Chris Anderson, editor da revista de tecnologia e novas tendências "Wired" e um dos pensadores da internet, é o promotor de dois conceitos muito caros a esse meio. O primeiro é a 'teoria da cauda longa', estratégia de negócio segundo a qual a meta é vender poucas unidades de muitos e variados itens, o que substituiria o popular modelo dos "best-sellers".
O segundo é o que ele chama de 'freeconomics' ou a economia das coisas de graça, alicerçada no fato de que o custo de armazenamento e transmissão de conteúdo digital baixa cada vez mais.
O conceito chegou neste mês, em formato de livro, ao Brasil, segundo informa o jornalista Sérgio Dávila --que também entrevistou Anderson. A íntegra, publicada no caderno Mais! deste domingo (30), está disponível para assinantes do UOL e do jornal.
"O que está mudando é o conceito, que evoluiu de um truque de mercado para um modelo econômico. Essa mudança é impulsionada pela indústria tecnológica. A ideia de conteúdo livre tem cem anos: rádio é de graça, TV aberta é gratuita", observa Anderson.
"O problema é que agora anúncios não são mais suficientes para sustentar o modelo. Daí o que chamo de 'freemium', onde você dá a maior parte de seu conteúdo de graça, mas reserva parte dele, geralmente a melhor parte, para os que pagam."
Ele entende que pirataria é uma palavra mal-compreendida. "Nem todo o conteúdo distribuído dessa maneira é pirata. Alguns são, outros são 'pirateados', entre aspas, por vontade dos autores, que valorizam a distribuição gratuita. Um dos exemplos que dou é o tecnobrega brasileiro. Não é pirataria, porque os autores autorizam os camelôs a reproduzir e vender os CDs sem lhes pagar nada", afirma.
Atualizado às 10h40.
Chris Anderson, editor da revista de tecnologia e novas tendências "Wired" e um dos pensadores da internet, é o promotor de dois conceitos muito caros a esse meio. O primeiro é a 'teoria da cauda longa', estratégia de negócio segundo a qual a meta é vender poucas unidades de muitos e variados itens, o que substituiria o popular modelo dos "best-sellers".
O segundo é o que ele chama de 'freeconomics' ou a economia das coisas de graça, alicerçada no fato de que o custo de armazenamento e transmissão de conteúdo digital baixa cada vez mais.
Michael Ging -23.nov.01/AP |
Consumidoras correm para aproveitar promoção em loja nos Estados Unidos; editor da "Wired" defende conteúdo gratuito |
"O que está mudando é o conceito, que evoluiu de um truque de mercado para um modelo econômico. Essa mudança é impulsionada pela indústria tecnológica. A ideia de conteúdo livre tem cem anos: rádio é de graça, TV aberta é gratuita", observa Anderson.
"O problema é que agora anúncios não são mais suficientes para sustentar o modelo. Daí o que chamo de 'freemium', onde você dá a maior parte de seu conteúdo de graça, mas reserva parte dele, geralmente a melhor parte, para os que pagam."
Ele entende que pirataria é uma palavra mal-compreendida. "Nem todo o conteúdo distribuído dessa maneira é pirata. Alguns são, outros são 'pirateados', entre aspas, por vontade dos autores, que valorizam a distribuição gratuita. Um dos exemplos que dou é o tecnobrega brasileiro. Não é pirataria, porque os autores autorizam os camelôs a reproduzir e vender os CDs sem lhes pagar nada", afirma.