Conectar-se à internet na China é uma aventura
RAUL JUSTE LORES
da Folha de S.Paulo, em Pequim
Um maremoto provocado pelo tufão que atingiu Taiwan na semana passada
se tornou a mais nova calamidade da internet chinesa. Segundo a gigante
estatal das telecomunicações, o maremoto avariou um cabo transoceânico
que liga a rede ao país.
Conectar-se virou uma aventura --com interrupções frequentes e mais lentidão que o habitual.
Sem desastres naturais, a internet já é turbulenta. Facebook e
Twitter estão bloqueados desde as eleições iranianas em junho, quando
viraram ferramentas na luta por democracia. O YouTube já estava
bloqueado. É normal que sites noticiosos como o do "New York Times" ou
o da BBC saiam do ar.
Aniversários da rebelião do Tibete (março), do massacre na praça da
Paz Celestial (junho), do banimento da seita Falun Gong (julho) e da
República Comunista (outubro) aumentam o controle, com sites bloqueados
e tráfego mais lento.
Estima-se que 30 mil censores trabalhem no governo. Os maiores
portais do país, como Sina e Sohu, têm censores internos que deletam
até comentários mais críticos ao governo.
Há diversos mecanismos tecnológicos (vpns, proxies) para se driblar
a censura, mas pouquíssimos tentam ver o que é proibido. "Só uma
pequenina minoria tem interesse ou fala inglês para tentar descobrir o
que está acontecendo no mundo", diz Steven Lin, gerente do Youku. "Para
a maioria, não faz diferença."
RAUL JUSTE LORES
da Folha de S.Paulo, em Pequim
Um maremoto provocado pelo tufão que atingiu Taiwan na semana passada
se tornou a mais nova calamidade da internet chinesa. Segundo a gigante
estatal das telecomunicações, o maremoto avariou um cabo transoceânico
que liga a rede ao país.
Conectar-se virou uma aventura --com interrupções frequentes e mais lentidão que o habitual.
Sem desastres naturais, a internet já é turbulenta. Facebook e
Twitter estão bloqueados desde as eleições iranianas em junho, quando
viraram ferramentas na luta por democracia. O YouTube já estava
bloqueado. É normal que sites noticiosos como o do "New York Times" ou
o da BBC saiam do ar.
Aniversários da rebelião do Tibete (março), do massacre na praça da
Paz Celestial (junho), do banimento da seita Falun Gong (julho) e da
República Comunista (outubro) aumentam o controle, com sites bloqueados
e tráfego mais lento.
Estima-se que 30 mil censores trabalhem no governo. Os maiores
portais do país, como Sina e Sohu, têm censores internos que deletam
até comentários mais críticos ao governo.
Há diversos mecanismos tecnológicos (vpns, proxies) para se driblar
a censura, mas pouquíssimos tentam ver o que é proibido. "Só uma
pequenina minoria tem interesse ou fala inglês para tentar descobrir o
que está acontecendo no mundo", diz Steven Lin, gerente do Youku. "Para
a maioria, não faz diferença."